sexta-feira, 13 de maio de 2016

A MENININHA DA CLAYBOM.

Você lembra da menina fofinha do comercial, e pote, da margarina Claybom?
Qualidade do alimento a parte, os comerciais sempre foram muito bem elaborados e muito atrativos para as crianças.
Veja abaixo a história da margarina e da própria Claybom.

A margarina foi inventada em 1869, quando Napoleão Bonaparte instituiu um prêmio a quem descobrisse um produto capaz de substituir a manteiga, cada vez mais cara na época na França.
Na verdade, quem governava a França na época era Carlos Luís Napoleão Bonaparte, ou Napoleão III (1808-1873), sobrinho-neto de Napoleão I. Eleito presidente da nova República Francesa em 1848, em 1851 deu um golpe de estado, assumindo poderes ditatoriais e criando o Segundo Império. Permaneceu no poder até 1870, quando fugiu para Inglaterra durante a invasão da França pela Alemanha na Guerra Franco-Prussiana.
Atendendo o seu pedido, o físico Hippolyte Mège Mouriès ganhou-o ao conseguir produzir uma nova gordura, à base de sebo de boi e leite. Por ter aspecto perolado, o produto foi batizado como margarina, palavra derivada do grego “margaron”, ou pérola, em português. Com a descoberta da hidrogenação, o que era uma gordura líqüida passou a ser uma pasta cremosa. Hoje, a margarina é produzida a partir da gordura de origem vegetal, acrescida de corantes, estabilizantes e conservantes químicos.

No entanto, em 1877, atendendo a um lobby da forte indústria de laticínios, que fabricava manteiga, a maioria dos estados dos Estados Unidos restringiu a produção de margarina. A rotulagem devia dizer claramente que não se tratava de manteiga e restaurantes que utilizavam o produto eram obrigados a afixar um cartaz dizendo “Aqui se usa manteiga artificial”. A margarina amarela foi proibida: em vários estados, leis obrigavam os fabricantes a adicionar corantes cor de rosa, para que o produto parecesse intragável. Para vender o produto com a cor amarela as indústrias tinham de pagar pesadas taxas. O lobby deu certo, pois de 1877 a 1902, o consumo de margarina nos Estados caiu pela metade. Para aumentar as vendas da gordura rosa, os fabricantes forneciam, junto com as embalagens, cápsulas de corante amarelo para ser misturado em casa. Algumas leis restritivas à margarina só foram derrubadas no final da década de 1960. No estado de Winsconsin, o consumo do alimento em locais públicos foi proibido até 2011.
Ainda assim,  o consumo de margarina nos Estados Unidos é maior do que o de manteiga desde 1957.

A margarina Claybom foi lançada pela Anderson Clayton em 1950 em latas redondas.
No final daquela década, foi a primeira margarina do Brasil em tabletes – acondicionados em película de alumínio. A Claybom ganhou um adicional na década de 70, quando já era vendida em potes de PVC de 250g, ainda redondos, impressos em flexo: foi a criação da Menininha Nhac, que acabou virando um ícone da marca. Ela aparecia em todos os anúncios da margarina Claybom Cremoso, na TV e em revistas. Em 1986, a Unilever Bestfoods (na época Gessy Lever) comprou a Anderson Clayton e o produto passou a fazer parte do portfólio da companhia. As embalagens e a personagem foram criadas pela então DIL Design, hoje DIL Brands. A margarina foi relançada em 2004 com o nome Arisco Claybom no Rio de Janeiro e no Nordeste. A meninha cresceu e hoje está mais presente nas embalagens, reestilizada.




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