sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Kananga do Japão.

Kananga do Japão é uma telenovela brasileira produzida pela Rede Manchete, cuja exibição ocorreu entre 19 de julho de 1989 e 25 de março de 1990, totalizando 208 capítulos.
Escrita por Wilson Aguiar Filho, foi produzida por Jayme Monjardim com a colaboração de Rodrigo Cid, Sérgio Perricone, Gil Haguenauer, Guto Graça Mello, Colmar Diniz e Guilherme Arantes, sob a direção de Carlos Magalhães e Tizuka Yamasaki.

Adolpho Bloch, presidente da Rede Manchete, deu a ideia de produzir um folhetim que mostrasse o Grêmio Recreativo Familiar Kananga do Japão, um famoso cabaré da década de 1930. Com isso, contratou Aguiar Filho, que já tinha produzido Marquesa de Santos e Dona Beija, maior sucesso da teledramaturgia da emissora, desde então. Esse projeto seria uma forma de suprir os prejuízos pela produção anterior, Olho por Olho.
A praça Onze serviu de cenário para a trama que se passava na década de 1930. E a equipe investiu em material fotográfico, livros e documentos do Museu da Imagem e do Som, Arquivo Nacional e Biblioteca Nacional para desenvolver o roteiro. A emissora gastou 20 milhões de dólares com a produção da obra. As filmagens se iniciaram em 15 de maio de 1989.

Cristiane Torloni e Raul Gazolla interpretaram as personagens principais Dora e Alex, e ainda tinham os atores Giuseppe Oristanio, Tônia Carrero, Zezé Motta, Cristiana Oliveira, Cláudio Marzo, Carlos Eduardo Dolabella, Tamara Taxman, Elaine Cristina, Carlos Alberto, Haroldo Costa e Paulo Castelli. 
A cantora Misty executou o tema de abertura, "Minha", presente em um CD lançado paralelamente ao folhetim, o qual contou com canções de Elis Regina, Evandro Mesquita, entre outros.
O título Kananga do Japão é uma referência ao nome da casa noturna na qual a personagem Dora encontra seu grande amor, Alex. Por sua vez, o nome da casa noturna é uma referência a uma flor. A telenovela abordou temas como homossexualidade e adultério.
Voltada para o público adulto, foi recebida positivamente pela mídia e imprensa. Desta forma, foi condecorada por seis categorias vencidas no troféu APCA, da Associação Paulista dos Críticos de Arte (cenografia, trilha sonora, figurino, abertura, revelação feminina, melhor novela).

Para a história, o elenco teve de aprender dança de salão, samba de gafieira, maxixe e foxtrote, além de capoeira, sinuca, etiqueta e noções de judaísmo.
Poucos dias antes da estreia, a Rede Manchete assinou uma parceria com a Fundação do Cinema Brasileiro, o qual confirmava a cessão de cenas de filmes lançados entre 1930 e 1939. Ao final de cada capítulo, era exibido, em três minutos, imagens documentais sobre a época.
O trabalho de 500 engenheiros, arquitetos e cenógrafos para a construção de bondes, trilhos e casas durou cerca de quatro meses e consumiu 1,5 milhão de dólares do orçamento de 5,5 milhões da telenovela. Segundo comentário da escritora, o compromisso maior foi retratar o que era a Praça Onze naquela época.
Inicialmente, a estreia estava prevista para 16 de junho, mas foi adiada por problemas no elenco e texto para 19 de julho na faixa da 21h30. O último capítulo foi mostrado em 25 de março de 1990 e Pantanal ocupou a grade mantendo o alto índice do IBOPE na emissora.

Abertura.

Trecho.

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