RPM.

Revoluções por Minuto (também conhecida somente por RPM) é um grupo de rock surgido em 1983 e foi um dos mais populares do país nos anos de 1984 a 1987.

Foi um dos grupos mais bem sucedidos da história da música brasileira e na segunda metade dos anos 80 conseguiu bater todos os recordes de vendagens da industria fonográfica brasileira.

A suposta visão crítica e bagagem cultural do letrista Paulo Ricardo foi um argumento de marketing na vendagem dos discos da banda que ultrapassou a marca dos 5 milhões de discos.

Tudo começou em 1976, em São Paulo, quando Paulo Ricardo (o produtor do primeiro disco de Angélica com o sucesso Vou De Táxi) namorava Eloá e morava em frente à casa onde Luiz Schiavon (músico da banda do Domingão do Faustão) ensaiava com May East.

O casal resolveu um dia visitar os vizinhos que estavam num ensaio e decidiam entre cantar em inglês ou português. Paulo Ricardo deu seu voto opinando pelas letras em português e foi assim convidado para integrar o "Aura", uma banda de Jazz Rock que, além de Schiavon, tinha Paulinho Valenza na bateria.

Depois de três anos de ensaios e nenhum show, Luiz encantou-se pela música eletrônica e pela tecnologia de novos sintetizadores, enquanto Paulo decidiu morar na Europa – primeiro na França e depois em Londres, de onde escrevia sobre novidades e se correspondia com freqüência com Schiavon.

Este choque de personalidades impulsionou a criação do RPM depois que o trabalho da dupla foi retomado em fins de 1983, já em São Paulo.

No mês de maio de 1985 chegou às lojas o disco Revoluções Por Minuto, no vácuo de um país ainda perplexo com a morte de Tancredo Neves.

O misto de paixão platônica e pretensa declaração de amor de "Olhar 43" emplacou nas rádios e abriu caminho para que outras faixas, mais politizadas e/ou conceituais, conseguissem o mesmo sucesso.

No entanto, sem “futuros hits” na manga e para manter a banda em alta, músicos e gravadora lançaram em julho de 1986, um novo álbum, com parte do registro de dois shows da histórica turnê. O repertório de Rádio Pirata Ao Vivo tinha quatro gravações inéditas (sendo duas covers) e cinco faixas de Revoluções Por Minuto.

Com a ajuda dos preços congelados do Plano Cruzado, 500 mil cópias foram vendidas antecipadamente. As vendas de Rádio Pirata Ao Vivo disparam e chegaram a 2,2 milhões. O RPM transformou-se na banda de maior vendagem da indústria fonográfica nacional até então.

Mas o vocalista Paulo Ricardo passou a ter mais fama como "sex symbol", procurado e visto por jornalistas e fãs como se fosse modelo e não músico e a partir de 1987 a banda começou a cumular fracassos e desentendimentos até a separação total dos integrantes.

Paulo Ricardo deu sequência a sua carreira solo e entre várias tentativas de retorno da banda, em 2011 postou em seu Twitter que os integrantes iriam se reunir para gravar um novo álbum.

Schiavon disse que estavam vendo possibilidades para a volta aos palcos, já que sairia do Domingão do Faustão.

Segundo boatos o álbum teria 13 faixas.

OLHAR 43 AO VIVO.