sexta-feira, 15 de julho de 2011

RITCHIE.

Richard David Court, ou Ritchie nasceu no dia 6 de março de 1952 em Beckenham na Inglaterra.
Começou na música cantando no coral de uma igreja na Alemanha. Foi interno na Tormore School e Sherborne School. Com 20 anos, abandonou os estudos para tocar flauta na banda londrina Everyone Involved, onde gravou o LP-protesto Either/Or junto com outras bandas que contestavam a construção de um viaduto sobre Picadilly Circus, em West End. O LP foi distribuído gratuitamente.
Durante as gravações desse disco Ritchie foi apresentado a um grupo de brasileiros pelo guitarrista Mike Klein. Entre eles estavam Lucinha Turnbull, Rita Lee e Liminha, estes dois últimos dos Mutantes, em visita à capital inglesa para comprar instrumentos. Ficaram amigos e o convite para conhecer o Brasil foi feito.
No final de 1972, Ritchie desembarcou em São Paulo, onde formou a banda Scaladácida com o baterista Azael Rodrigues, o guitarrista Fabio Gasparini e o baixista Sérgio Kaffa. O grupo fez vários shows na cidade e foi sondado pela gravadora Continental, mas Ritchie ainda não tinha o visto de permanência e o contrato não foi assinado. Scaladácida terminou suas atividades no final de 1973 e Ritchie se mudou para o Rio de Janeiro com sua esposa, a arquiteta e estilista Leda Zuccarelli.
Na capital fluminense deu aulas de inglês para músicos e integrou o grupo de jazz-rock Soma como backing vocal e flautista.
Em 1975, reforça os quadros d’A Barca do Sol.
Ainda em 75, juntou-se à segunda escalação do progressivo Vímana e assumiu, finalmente, os microfones para cantar em inglês. A banda, formada por Lobão (bateria), Luiz Simas (teclados), Lulu Santos (guitarra) e Fernando Gama (baixo).
Lançou um compacto em 1977 pela Som Livre, “Zebra” e “Masquerade” e em 1980 recebeu o convite para regressar a Londres e participar de seu álbum solo, Let the Thunder Cry, como vocalista e arranjador.
De volta ao Brasil, em 1982 compos e lançou seu primeiro trabalho-solo cantado somente em português. As vendas do compacto simples (CBS) lançado em fevereiro de 1983 com "Menina veneno" e "Baby, meu bem", ultrapassaram as 500 mil cópias, um marco na história do mercado fonográfico brasileiro.
A partir de então, Ritchie não parou mais, em 1984, ganhou o Troféu Imprensa na categoria Cantor do Ano e em seguida lançou a canção “Só Pra o Vento”(Tema da novela da globo A Gata Comeu de 1985).
Em 1986, a música “Transas”, de Nico Resende e de Paulinho Lima, tecladista e empresário de Ritchie, respectivamente, tornou-se tema da novela Roda de fogo, da TV Globo. O compacto foi premiado com o Troféu Villa Lobos, por ter sido o mais vendido do ano.
Tendo encontrado a fórmula certa, Ritchie emplacou várias canções em novelas, fez participações assíduas em programas de tv como Globo de Ouro e é sempre lembrado, além de ter canções regravadas por outros intérpretes, a exemplo de "Interfone"pelas Paquitas 2000 e Menina é Veneno por Zezé Di Camargo e Luciano. Mas teve seu momento de baixa e acredita que um dos fatores para sua queda de popularidade foi o desentendimento que teve com Leleco Barbosa, filho de Aberlado ‘Chacrinha’, em 1984.
Em 1993 integrou a banda Tigres de Bengala, ao lado de Cláudio Zoli, Vinícius Cantuária, Mu & Dadi (A Cor do Som) e Billi Forghieri (Blitz). O combinado era lançar álbum homônimo em pela Polygram.
Cada vez mais interessado por computadores e menos à vontade com a indústria musical no país, Ritchie se tornou websound designer e assinou a criação e a implantação de softwares de áudio em sites como o da Usina do Som, o do portal international Yahoo!Digital e o da página do poeta Carlos Drummond de Andrade e o site do Lulu Santos, este último indicado entre os melhores sites de música pelo iBest em 1997.
Mas, em 2002, 12 anos após sua última investida solo no universo fonográfico, Ritchie aceitou o convite do jovem produtor Rafael Ramos (João Donato, Ultraje a Rigor, Los Hermanos) para fazer um novo álbum.
Ao contrário de outros artistas oitentistas que reapereceram no início de 2000 com regravações dessa época, Ritchie apostou no ineditismo. O álbum Auto-fidelidade (Deck Disc) revelou parcerias com Erasmo Carlos, Bernardo Vilhena, Nelson Motta, Ronaldo Bastos e Alvin L.. São 14 faixas (5 cantadas em inglês) em que a crença pop do artista se mostrou intacta, apesar da instrumentação e dos arranjos revelarem a evolução estética pela qual Ritchie passou.
Em 2005, Ritchie participou do bem sucedido DVD, "Multishow Anos 80 Ao Vivo", junto de outros artistas da época, e fez muitos shows Brasil afora com a turma do disco, Leo Jaime, Leoni e Kid Vinil, entre outros.
Em 2008, Ritchie fundou seu próprio selo e gravadora, a PopSongs, e lançou, em julho de 2009, o CD, DVD e Bluray independente, "Outra Vez (ao vivo no estúdio)", com regravações de seus maiores sucessos, além de duas inéditas, a faixa-título, "Outra Vez", em parceria com Arnaldo Antunes e "Cidade Tatuada", com letra de Fausto Nilo.
"Ritchie - Outra Vez (ao vivo no estúdio)" é o primeiro disco Bluray de um artista a ser 100% produzido, autorado e fabricado no Brasil.

MENINA É VENENO.

SÓ PRA O VENTO.

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